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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Dia 2 - Anônimos Compulsivos


Você sabia que atualmente The Sims 4 tem mais interações, objetos e possibilidades do que The Sims 1 com todas as suas expansões poderiam nos oferecer? Dentro de alguns limites é claro. Não podemos ser artistas, mas podemos criar algo muito parecido se formos criativos. 

O que quero dizer é que se já fomos capazes de nos divertir com os limites daquela época, porque não podemos trazer isso à tona para este momento, afim de que venhamos criar coisas ainda mais incríveis? Talvez toda essa infinidade de conteúdo, possibilidades e liberdade, de cara te assuste. E você provavelmente não está consciente de que está assustado, porque o que sente é um incomodo desconfortável dentro de sua mente. Quando crescemos, os detalhes se tornam mais sutis e precisamos de atenção para desvendá-los. 


Vamos à outros fatores: The Sims 1 era a base de tudo. Trazia famílias misteriosas e sem muitas respostas. Sims autênticos, expressáveis e completamente desapegados. Tão especiais quanto atores de teatro, suas interações eram quase cênicas. E aquele exagero todo era divertido e nos levava a rir com frequência por conta do que acontecia com eles. 


Com The Sims 2 isso se tornou ainda maior! Levando ao fato que a história e o desaparecimento da Laura nos deixaram intrigados e ainda sem respostas. Movidos por tentar resolver este mistério, existem inúmeras teorias. As pessoas investiram seus tempos tentando relacionar as pontas soltas do jogo. Essa profundidade emocional nos conectou ainda mais com nossos Sims, que aliás, são tão malucos agora, quanto eram antes. E o que falar da safadeza? Eles são completamente caras-de-pau. Vão lá e fazem o que querem sem pedir se podem. Nos surpreendendo num encontro romântico quando de repente jogam uma bebida no parceiro. 


The Sims 3 em contra partida trouxe o tão sonhado mundo aberto! Quem poderia imaginar. Sempre quisemos visitar nossos vizinhos e agora a oportunidade nos foi dada. E acabamos descobrindo que visitar os vizinhos no fim, não é diferente de estar dentro da própria casa com seu núcleo de família. Então, aproveitamos a vizinhança aberta, sem telas chatas de carregamento. Íamos à tantos lugares, até mesmo na lanchonete. Mas aí não sabíamos o que rolava lá dentro, porque afinal, era uma toca de coelho. Não havia o que se ver lá dentro. Tudo bem, isso é até aceitável, considerando que amantes de estampas de bolinhas podem vestir, mobiliar e pintar suas casas do piso ao teto com isso, graças à ferramenta Criar um estilo. Não poderia ser melhor! Tanta coisa nos esperava, que mal sabíamos o que iríamos fazer primeiro. Exceto por um detalhe: Os sims se tornaram mais humanos do que Sims. Robóticos e sem aquela irreverência toda. Onde estava aquele "Q" de surpresa? Aquele momento inusitado? Mesmo sendo o Sim desastrado, nada de mais rolava. Afinal eles não esbarravam em móveis que poderiam cair e quebrar. Anos naquilo e eis que nós humanos começamos a questionar a qualidade da criação de outros de nós. Começamos a julgar e jogar a merda no ventilador, na esperança que uma alma santa nos ouvisse e mudasse aquela realidade. 


Então veio The Sims 4 resgatando o foco do jogo: Os próprios Sims. Dando à eles emoções e maneira eficazes de interagir, de acordo com cada sentimento que sentem. Pensamos: É isso aí! Finalmente as coisas estão voltando aos conformes. Mas aí fomos recebidos com um jogo dentro de seus limites. E isso causou muitas queixas e gerou muita frustração. Não em mim. Pra falar a verdade, muito do que veio depois não faria diferença. Levando em conta tudo o mais que veio. Mas, fico feliz por ter vindo tão rápido em seguida. Agora, todos querem bebês, mas quando eles chegarem, jogarão por uma semana e depois esquecerão. Irão começar a falar que querem carros para depois acontecer o mesmo. 

The Sims 4 resgata muito do que The Sims 1 tinha, com uma pitada exagerada de The Sims 2 e um controle estabilizado das emoções do The Sims 3. Mas ele vem completamente desconectado das histórias de The Sims 2 e 1. Assim como The Sims 3 que gerou uma confusão na timeline que os fãs tanto curtiam. Mas às vezes, regredir no tempo é preciso para dar um grande salto quântico. Fomos apresentados à um universo paralelo onde famílias que não poderiam se cruzar, finalmente estão coexistindo, dando à The Sims 4, dois mundos repletos de nossas famílias favoritas e outras ainda, novas. Novamente: sem passado ou futuro. Apenas aquele momento. Sem mistérios, apenas fatos. Somos movidos pelas respostas que não temos. E quando as obtemos tendem a surgir novas perguntas, e essa é a maravilha da vida. 

Mas não somos incitados à isso em The Sims 4. E se parar para pensar é como jogar um reboot do The Sims 1, já que esse também foi a origem de tudo. Portanto é a oportunidade ideal para darmos inicio à um novo rumo. Veja bem, na vida somos criadores de nossas próprias histórias. Todas as situações sejam boas ou ruins, nos trouxeram para este exato momento. Sempre há um propósito positivo por trás de tudo o que vivemos. É apenas a questão de abrirmos nossas mentes e corações para isso. Você pode ter chegado aqui por acaso, mas até o acaso se responsabilizou de trazer-lhe até mim. Porque no fundo, há uma razão. Você busca crescer criativamente, expandir todas as possibilidades, mas para isso, você precisará dar um tempo de tanto criar e deverá começar a curtir sua criação. 


Como a história do jardim do Éden. Criou Deus o mundo em 7 dias e no sétimo ele descansou. Na minha opinião, depois do sétimo, quando Adão e Eva comeram do fruto "proibido", chegou o momento mais divertido para Deus! O momento de experimentar sua criação através de nós. Vivendo nossos dramas, nossos medos, nossos anseios, mas também nossas alegrias, êxtases e criatividade!

O fato é que somos tanto Deuses quanto humanos. Amamos criar coisas e dar inicio à pequenas ou grandes revoluções internas que mudam nossos conceitos a cerca de quem somos. Mas, a felicidade meu amigo, está na jornada e não no destino. Precisamos aprender a curtir este momento. Quando você souber o que falo, será capaz de parar de passar tanto tempo criando, para passar horas e horas se divertindo com tudo o que já fez. E quando cansar disso, poderá voltar à criar novamente! Não é incrível? Para depois curtir todo esse avanço de novo. E não to falando que o processo de criação não é bom, pelo contrário, ele é sensacional! Mas é preciso ser um criador criativo e não um passivo criativo. É preciso abrir mão da responsabilidade de criar o tempo inteiro pra mostrar ao mundo o que você fez, para simplesmente se divertir, sem qualquer pressão ou sem qualquer necessidade de mostrar sua criança ao mundo. Na hora certa você poderá abrir a janela e dizer: Este é meu filho, levei anos criando e to adorando brincar com ele! No bom sentido. Entende o que digo? 

Portanto a missão de hoje é: Dê um tempo. Pare tanto de criar e comece a jogar exatamente com o que você já criou. Passe um tempo com seus Sims, os conheça e expanda os detalhes de suas vidas. Faça algo diferente do habitual. Quebre a rotina e os melodramas já pré-programados que você tem repetido a tantos anos dentro dos mais variados núcleos de família. Essa é uma boa ideia para se começar.

-Erick Franceschetto

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